terça-feira, 24 de março de 2009

Chegou a Primavera

A Primavera é a estação do ano que se segue ao Inverno e precede o Verão, sendo tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. Inicia-se, no hemisfério norte, cerca do dia 20 de Março , e terminando cerca de 21 de Junho. No hemisfério sul, inicia-se, por volta de 21 de Setembro e termina em redor de 21 de Dezembro.
A Primavera do hemisfério norte, é chamada de "Primavera boreal", tem inicio a 20 de Março e termina a 21 de Junho, e a do hemisfério sul, é chamada de "Primavera austral", que tem inicio 23 de Setembro e termina a 21 de Dezembro.
Existem várias flores de Primavera, que embelezam a nossa vida, o nosso dia, nos perfumam o corpo e a nossa mente, perfumam o nosso porto de abrigo…
São exemplo, a Margarida, o Pingo de Leite, a grandiosa Rosa, (rosa de todas as cores), o girassol, que nos intriga porque vira as costas àquele que lhe dá a cor…

"Folha Caída"
-----------------------------------------------------------------
"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram.
E, no entanto, o que eles buscam poderia
ser achado numa só rosa."
"Antoine de St. Exupery "
------------------------------------------------------
Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas,
mas jamais conseguirão deter a Primavera inteira.
“Che Guevara"
-----------------------------------------
Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o Outono
A terceira é o grave Inverno
Em quarto lugar o Verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da Primavera para que continues me olhando.

“Pablo Neruda”
-----------------------------
É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheio a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, a tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal!
Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...

“Florbela Espanca”

-----------------------------

domingo, 15 de março de 2009

15 de Fevereiro de 2009
"Hoje é dia 15.
Foi dia 15...
E será dia 15!
O que foi, já não voltará a ser…
O que é, também não.
O que virá?
Não sei.
Mas sei que gostaria de voltar ao que, foi dia 15!
Pode voltar-se atrás? Não.
Pode remediar-se? Pode!
Mas não voltará a ser o dia 15 que foi!
Poderei orientar os futuros dia 15? Eventualmente.
Mas quero? Não sei!
Talvez não!
Que venham todos os dia 15 e que venham por bem...
Sem embaiamento, sem euforia, sem egoísmo, sem aquela esperança desesperançada.
Mas que venham…
Cá estou para os receber e para recordar o que foi aquele dia 15.
--------------------------------------------------------------------------------------
“Folha Caída”
---------------------------------------------------------

"Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra!
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa, só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."
------------------------------------
"Charles Chaplin"
-------------------------------------------------------------------

"Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração"
-------------------------------------
"William Shakespeare"
----------------------------------------------------------

domingo, 8 de março de 2009

O mito

Mitos são mitos.
Baco, Dionísio, Sileno, Zeus, que interessa.
São Deuses.
Deuses conduzem-nos a mitos.
São eles que, em leitura clássica, nos levam muitas vezes aos sonhos, às comparações, aos desejos, às alegorias.
Mitos, porque através deles, ousamos descortinar e justificar as teias que a vida tece.
Dão jeito. Oh se dão!
Quantas vezes, não os evocamos e apresentamos como temática para justificar uma tomada de atitude?
E está errado?
Não!
Eles, os mitos, fazem parte da nossa vida, dos nossos antepassados, das nossas crenças, daquilo que nos alimenta a alma e porque não, às vezes a razão.
Os mitos são perfeitos?
Não. Não perfeitos, como não perfeito é o ser humano. Explicam o universo e as relações?
Se nós quisermos!!!
Projectam-nos?
Poderemos dizer que sim, que nos projectamos através deles, numa erudição ingénua e rudimentar, melancólica, grosseira, (porque não?), poética, florida…
Pessoa dizia “O mito é o nada que é tudo”
Concordo. É tudo e é nada!
Não depositou Baco em Midas a capacidade de transformar em ouro, tudo o que tocasse?
O grande enigma residia no facto do “tudo”
E o tudo é simultaneamente o nada.
Esta alegoria é o exemplo acabado do quão pode ser redutora uma expressão.
E Midas ficou sem nada!
Alegria e entusiasmo, transformaram-se em flagelo e desacerto.
A “vida” deixou de ter recheio, porquanto tudo o que tocava, não tinha utilidade…
“Tudo o que toco, qual Midas, transformo em nada.”
Não sou tão redutora, até porque o tudo é simultaneamente o nada!
O Mundo não é a preto e branco! Acredita que há nuances.
A mim apetece-me seguir Pã.

----------------------------------------------------------------
Folha Caída
---------------------------------------------------------------------------------------------------
"No horizonte do infinito. Deixámos a terra firme, embarcámos! Não podemos voltar para trás, mais ainda, cortámos todas as ligações com a terra firme! Agora, barquito, toma cuidado! Tens na tua frente o oceano! É verdade que ele nem sempre ruge, por vezes espraia-se calmo, como se fosse seda e oiro, como um sonho de bondade! Momentos virão, porém, em que reconhecerás que ele é infinito e que nada há de mais terrível do que a infinitude. Ai da pobre ave que se sentiu livre, e se debate agora contra as paredes desta gaiola! Aí de ti, se as saudades da terra firme te assaltarem, como se lá tivesse havido mais liberdade... agora que já deixou de haver "terra"."
Nietzsche. “A Gaia Ciência”

quarta-feira, 4 de março de 2009

A rosa de uma noite

Foi na terça-feira
Avizinhava-se uma noite igual a tantas outras. Noite fria, sem enleio, nem enredo.
Noite de vento e de chuva… Chuva miudinha, ora agora, ora daqui a pouco. Havia cá dentro também um frio. Aquele frio que não gosto de experimentar. É um frio que atormenta, que faz tremer por dentro, que descalça o pé e que faz patinhar na água. Patinhar na água é bom, mas sem frio. Aquele frio que desconsola o estômago, que faz com que não consigas comer, com fome, beber com sede.
Havia razão para o frio. Era Inverno, mas ser Inverno não basta para sensações tais.
Havia coisas por esclarecer, coisas para aclarar e uma grande vontade de ser feliz. Feliz nem que fosse por umas horas. Feliz nem que fosse por dizer o indizível, ouvir ou inouvível – não sei se existe esta palavra – mas o sentido existe.
Tenho sempre medo de ouvir a tua voz, medo e desejo em simultâneo. Sentimento estranho para uma pessoa que se considera segura e frontal e a quem a verdade, mesmo dolorosa é preferível à mentira.
Mas o medo não é racional! Assumo que ainda hoje tenho medo. Medo da voz. Medo de uma má prestação. Medo de perder. Perder. Sim perder o pouco que tenho, mas que me dá muita tranquilidade, paz, sossego sensação de preenchimento total e um sabor na boca e no peito a melancia de Verão.
Há coisas que não se perdem! Verdade. Transformam-se, crescem, solidificam, adoçam…
E há coisas que se perdem antes de nascerem, ou antes de florirem.
Já não perdi e sou feliz por isso… Mas já perdi! Umas lamento, outra nem tanto…E outras não mesmo.
Ontem plantei uma rosa.
Uma rosa branca de veludo.
Que acariciei a ponto de ela ir florir todos os dias para mim. Se calhar ninguém a vê! Mas eu sei que ela irá florescer para mim todos os dias…Mesmo quando o sol não brilhar. Vou alimentá-la com muita doçura e carinho e com ela vou ao fim do planeta. Ela é muito nossa.
Mas como plantar uma rosa se o terreno for rochoso?
Esta noite plantei uma rosa, branca, de veludo, mas não sei se o terreno é fértil e macio como ela já se habituou a ter. Espero que sim e que esse terreno lhe dê o alimento que ela merece, seja suave como o veludo e que a faça florir todos os dias para ti e para mim…
Por favor cuidemos bem desta lida rosa, rosa branca, rosa de veludo, rosa em terreno fértil, rosa com alimento, rosa em terreno suave, como o teu sono e como o teu olhar quando abandonado.
Vamos regá-la todos os dias?

-------------------------------------------------------
"Folha Caída"

domingo, 1 de março de 2009

TRISTEZA

Hoje estou triste,
Sim triste!
Não é fácil, para quem esconde os sentimentos que “sente” em si mesmo, assumir que está triste.
Posso dizer-me, com raiva, desiludida, sem vontade, irritada, tensa, etc. Mas triste, não é fácil. Normalmente esse sentimento só o transmito a mim mesma.
Não é que não esteja nunca… Mas não gosto de dizer ao mundo que o estou… Defesa? Pode ser. Abrigo? Talvez, Amparo? De cetreza.
Mas hoje, estou triste.!
Triste é sentir que nos falta qualquer coisa cá dentro não sei bem onde, mas onde se sente um vazio preenchido com um todo.
Todo, que se resume a um grumo denso, escuro e sem vontade de desenrolar…
Triste é sentir que quebraste alguma coisa que querias conservar, e que erradamente tentaste mudar de um lugar para outro, periclitantemente.
Triste é sentir que o amanhã já não será igual…
Triste é saber que “deitaste fora uma carta”, naquele jogo que nunca jogas, e que pela primeira vez que jogaste, desperdiçaste...
Há motivo para a tristeza?
Sim claro…
Há princípios que se advogam teoricamente e que o deixam de ser se não levados à prática.
Quando se praticam têm os seus prós e também o seu reverso.
O que se pensa deve ser dito. Será? Orientação de princípios? Sim
Consequências… Sim. Também orientação de princípios!
Assunção? Sim. Assunção, mesmo que fiques triste!
Triste por princípios? Sim. mas com aquela mancha preenchida.
Não se deve ocultar o que a alguns diz respeito.
As consequências confortam-me, por uma questão de princípios.
Peço desculpa pela tristeza que sinto!
----------------------------------------------------------------
"Folha Caída"