
A similitude dos gostos
As pessoas encontram-se.
As pessoas procuram-se
As pessoas olham-se
As pessoas riem
As pessoas trocam ideias
As pessoas tocam-se
As pessoas gostam-se
As pessoas não se gostam
As pessoas amam-se
As pessoas brincam
As pessoas lêem-se
As pessoas pensam-se
As pessoas…
A existência do ser humano e o seu quotidiano, inserido em sociedade, é comandada por sensações e padrões de aproximação que nos fazem “estar mais perto” ou “estar mais longe” uns dos outros.
As manifestações de prazer ou desprazer que todos os dias trocamos, num variado leque de situações e com um variado conjunto de seres idênticos a nós próprios, são, a meu ver, um factor determinante de aproximação ou de afastamento entre as pessoas.
Vejamos esta temática como um fenómeno de massas, que o é.
Quem não pertence ou pertenceu a um clube, a uma associação, a um partido politico, a um clube de fãs, a uma religião…?
Porque se formam essas associações de pessoas?
Evidentemente porque têm algo em comum. Ou perfilham os mesmos ideais ou os mesmos gostos ou até porque, inseridos no grupo, têm comportamentos que, isoladamente eram incapazes de manifestar.
Mas sem dúvida, são os gostos similares ou idênticos que aproximam as pessoas!
As pessoas procuram-se… logo
As pessoas encontram-se.
As pessoas trocam ideias … logo
As pessoas tocam-se
As pessoas gostam-se …logo
As pessoas amam-se.
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Folha Caída
As pessoas procuram-se
As pessoas olham-se
As pessoas riem
As pessoas trocam ideias
As pessoas tocam-se
As pessoas gostam-se
As pessoas não se gostam
As pessoas amam-se
As pessoas brincam
As pessoas lêem-se
As pessoas pensam-se
As pessoas…
A existência do ser humano e o seu quotidiano, inserido em sociedade, é comandada por sensações e padrões de aproximação que nos fazem “estar mais perto” ou “estar mais longe” uns dos outros.
As manifestações de prazer ou desprazer que todos os dias trocamos, num variado leque de situações e com um variado conjunto de seres idênticos a nós próprios, são, a meu ver, um factor determinante de aproximação ou de afastamento entre as pessoas.
Vejamos esta temática como um fenómeno de massas, que o é.
Quem não pertence ou pertenceu a um clube, a uma associação, a um partido politico, a um clube de fãs, a uma religião…?
Porque se formam essas associações de pessoas?
Evidentemente porque têm algo em comum. Ou perfilham os mesmos ideais ou os mesmos gostos ou até porque, inseridos no grupo, têm comportamentos que, isoladamente eram incapazes de manifestar.
Mas sem dúvida, são os gostos similares ou idênticos que aproximam as pessoas!
As pessoas procuram-se… logo
As pessoas encontram-se.
As pessoas trocam ideias … logo
As pessoas tocam-se
As pessoas gostam-se …logo
As pessoas amam-se.
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Folha Caída
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Fernando Pessoa escreveu a declaração de amor mais bonita e profunda que conheço:
Fernando Pessoa escreveu a declaração de amor mais bonita e profunda que conheço:
Quanto te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
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O mistério das coisas
O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio e que sabe a árvore
E eu, que não sou mais do que eles,
que sei disso?
Sempre que olho para as coisas e penso
no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco
numa pedra.
Porque o único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as coisas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: -
As coisas não têm significação: têm existência.
As coisas são o único sentido oculto das coisas.
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio e que sabe a árvore
E eu, que não sou mais do que eles,
que sei disso?
Sempre que olho para as coisas e penso
no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco
numa pedra.
Porque o único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as coisas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: -
As coisas não têm significação: têm existência.
As coisas são o único sentido oculto das coisas.
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Alberto Caeiro
Alberto Caeiro