segunda-feira, 8 de junho de 2009


Decidir…

Um dia disseram-me que mais valia uma má decisão do que não decidir.
Concordo?
Talvez sim…?
Ou talvez não…?
Quando se decide, toma-se uma posição. Muda-se alguma coisa, ou muita coisa.
Como essa tomada de atitude, pode mudar-se o rumo da nossa vida, pode ficar-se mais feliz (sentimento efémero), pode ficar-se menos feliz (também efémero), pode ficar-se mais descontraído, mas livre, mais limpo, mais solto, mais de bem consigo mesmo, mais de bem com os outros… enfim, um conjunto muito grande de sentimentos, que se alteram.
Para melhor, nuns casos. Para pior em outros.
Igual é que não.
A decisão ou o facto de decidir, não é tarefa fácil, daí a falta de atitude de muitos nós e a acomodação.
Mas por vezes há mesmo que decidir, em prejuízo de muitas coisas boas e muitas vezes em prejuízo mesmo do que chamamos e consideramos a nossa “felicidade” e o nosso bem-estar.
Mas, por vezes é preferível decidir e considerar que atirámos algo de bom “pró” espaço, do que mais tarde nos aperceber-mos que somos indignos, irresponsáveis, egoístas, imaturos e até hipócritas…
Decidir… sim, mesmo que me doa,
Decidir… sim, mesmo que doa ao outro,
Decidir… sim, mesmo que fique infeliz,
Decidir… sim, mesmo que fique triste,
Decidir… sim, mesmo que chore,
Decidir… sim, mesmo que faça chorar,
Decidir… sim, mesmo que pensem que sou irresponsável,
Decidir… sim, mesmo que pensem que sou egoísta,
Decidir… sim, mesmo que me condenem,
Decidir… sim, mesmo que me repreendam,
Decidir… sim, mesmo que me violente,
Decidir… sim, mesmo que me contrarie,
Decidir… sim, mesmo que me arrependa,
Decidir… sim, mesmo que não possa voltar atrás,
Decidir… sim, mesmo que me julguem,
Decidir… sim, mesmo que seja mal decidido.
Afinal… mais vale uma má decisão do que não decidir!
E já agora… Força para as consequências.

De uma coisa estou certa.
Quando se decide, decide-se e nada volta a ser igual... Melhor? Pior?
Igual é que Não.
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"Folha Caída"
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"A rosa não tem "porquês". Ela floresce porque floresce".

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"Angelus Silésius, místico medieval."

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Quase um poema de amor

Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
--- Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor

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"Miguel Torga "

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