sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Gentilmente remetido pelo Eduardo
Sem título
Tomas-me sempre ao morrer da tarde
e caminhas por mim com passos apressados
ansiosa pelo meu desejo
quando eu te ofereço a noite
todo senhor
e um trago do meu vinho guardado
de uvas frescas de outono
Trazes a velocidade do tigre que alcança a presa
quando eu te recebo na branca paz
do meu ser adormecido
deslizas as tuas mãos por entre as minhas coxas
e a tua boca pelos meus lábios
quando eu velejo sem bússula
pelos quatro cantos dos teus sentidos
e sopro as as minhas pétalas pelo teu colo macio
Trazes desejo e paixão nessa hora de sensualidade
quando eu te toco como se fora música
e canto o meu bolero pelas curvas da tua carne
Esqueces as horas mortas do teu quotidiano de sempre
quando eu desfolho a minha vontade nua
consentida, facilitada, doce e confiadamente
E afogo no teu espelho de luz
os meus versos perfumados de rosas
e gravo no peito o som da tua partida
Que eu não aguento o vazio do caminho sem volta
Como uma gaivota fiel que sempre deixa
pegadas sobre a praia.

"Eduardo"

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